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ADUNEB participa do 34° Congresso do ANDES-SN e das discussões sobre o plano de lutas da categoria



 Os professores da ADUNEB marcam presença no 34º Congresso do ANDES – SN. A delegação do sindicato dos professores da Uneb participa ativamente das discussões e da construção da luta em defesa dos direitos da categoria docente e da educação pública superior gratuita. O evento reúne, em Brasília, mais de 400 professores de instituições de ensino superior de todo o Brasil. O congresso do ANDES-SN é o mais importante espaço de deliberação da categoria e, este ano, tem como tema central “Manutenção e ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação”. 

 
Para a diretoria da ADUNEB, o congresso se faz ainda mais importante este ano, pois a conjuntura evidencia um momento crucial da luta de classes e, em particular, da luta dos professores das universidades públicas do Brasil. Os governos federal e estaduais têm praticado contundentes ataques à educação pública estatal superior e retiradas de direitos da categoria docente, a exemplo dos governos de Rui Costa (PT), na Bahia, e Beto Richa (PSDB), no Paraná. Nesse segundo estado, as sete universidades estaduais já deflagraram greve por tempo indeterminado. Ainda segundo os professores da ADUNEB, o 34º Congresso do ANDES-SN é importante para que a categoria possa intensificar a resposta aos governistas e avançar na união e centralidade da luta. 
 
Abertura
 
A mesa de abertura do congresso contou com a participação de representantes do ANDES-SN, da CSP-Conlutas, Fasubra, Anel, Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, entre outros. Para o presidente do ANDES –SN, Paulo Rizzo,  a política do governo federal que propõe a “Pátria Educadora”, vai no sentido de apoiar a mercantilização da educação, que já vinha sendo manifestada nas diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE). Entre outros problemas, o plano direciona recursos públicos para as empresas privadas de educação. “O que há de positivo neste início de ano é que, se por um lado temos ataques dos governos, por outro, presenciamos muita luta da classe trabalhadora. Várias categorias têm se mobilizado e reivindicado direitos”, afirmou o professor.
 
A luta da classe trabalhadora também foi mencionada pelo representante da CSP-Conlutas, Paulo Barela. Segundo o dirigente sindical, a atual crise do capital, iniciada em 2007, vem se aprofundando e o patronato, para não perder o lucro, elabora projetos para extrair mais direitos dos trabalhadores. Mas, na mesma medida em que surgem os ataques, a classe trabalhadora se organiza e faz o enfrentamento. Barela afirmou que o Ministro da Fazenda, Joaquin Levy, aliado às forças políticas reacionárias próximas ao governo, prepara um “pacote de maldades” maior ainda. “Precisamos de união na luta contra essa realidade”. E o diretor da CSP-Conlutas finaliza: “O Congresso do ANDES tem o papel de fazer uma profunda análise de conjuntura. Precisamos elaborar o plano de lutas e construir a unidade dos trabalhadores”. 
 
Docentes de todo o Brasil na abertura do congresso - disposição para a luta
 
Agenda cheia
 
Nesta segunda-feira (23) acontece também a primeira plenária sobre o tema “Movimento docente, conjuntura e centralidade da luta”. Amanhã, terça-feira (24) e quarta (25) acorrem os grupos mistos de discussões, que abordarão as temáticas “Políticas sociais e plano geral de lutas”, “Plano de lutas dos setores” e “Questões organizativas e financeiras”. Já de quinta-feira a sábado acontecerão as plenárias de cada um dos grupos e a atividade de encerramento.
 
Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais 
 
Em meio ao 34º Congresso do ANDES-SN, nesta quarta-feira (25), os professores participantes da atividade apoiarão o lançamento oficial da Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais. A ação acontece em frente ao Ministério do Planejamento (Bloco K), a partir das 9h. Entre os pontos da pauta de reivindicações constam reajuste linear de 27,3%; política salarial permanente, com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias; data-base em 1º de maio; direito de negociação coletiva e paridade salarial entre ativos e aposentados.