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Secretário nega federalização e desmembramento da Uesb



A Diretoria da ADUSB solicitou esclarecimentos do Secretário de Educação da Bahia, Oswaldo Barreto, que pela primeira vez foi a um encontro na sede da entidade na manhã desta quinta, 24, durante visita à Uesb por ocasião da Caravana da Educação nesta semana em Vitória da Conquista. Ao responder os questionamentos apresentados pela diretoria, Barreto descartou a possibilidade de desmembramento e federalização da Uesb e demais universidades baianas: “Desautorizo qualquer pessoa do governo a falar que existe ação nesse sentido na SEC”.

Promoção – Cobrado sobre a ampliação do quadro de professores e informado sobre o estrangulamento do quadro na Uesb, que vem impedindo, por exemplo, a promoção na carreira de 75 professores, hoje atrás apenas da Uneb, o secretário apresentou surpresa com esta realidade. Em seguida revelou que o governo pretende revogar pontos da Lei 7176/97 no tocante à autonomia. O secretário informou que irá apresentar uma proposta de ampliação do quadro para as entidades, a ser convocada daqui a duas semanas.

Federalização - O secretário se posicionou contrario a federalização das UEBA por questões estruturais: “vamos matar esse assunto”, disse ao iniciar as suas explicações. “É preferível criar uma nova Universidade Federal que enfrentar mais um caso traumático como o da federalização da Universidade de Tocantins”, comentou ao apresentar o exemplo deste estado. Para ele, soma-se a isso o problema com a migração do pessoal.  A sua posição é de que somente encaminharia esta proposta se o pleito partisse de uma reivindicação formal da comunidade universitária com uma ampla discussão no Conselho Universitário (CONSU) de alguma UEBA.

Desmembramento - Ao também se posicionar contrário ao desmembramento do Campus da Uesb de Jequié, por acreditar que não há recursos para isso, Barreto revelou que o interesse partiu da sociedade jequieense e não da comunidade acadêmica. O pedido foi entregue oficialmente ao governador no dia 24 de agosto, durante a Aula Magna de inauguração do curso de Medicina do Campus. Mesmo sendo simpático à ideia, conforme revelou à plateia, Jaques Wagner não se comprometeu a dar prosseguimento ao assunto, depois de ter avaliado as explicações apresentadas pelo secretário. Contudo, sem querer dar total garantia à informação, Barreto lembrou que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Durante a reunião foi revelado por membros da secretaria que a SEC já possui um déficit de R$60 milhões para o próximo ano. Isso pode vir a significar que novos decretos de contenção de gastos por estar por vir.