Notícias

ADUNEB vai ao Consu e defende interesses da categoria docente

 Em reunião do Conselho Universitário (Consu) realizada em 07.08, em Salvador, o diretor da ADUNEB, Vamberto Miranda, solicitou direito à fala e defendeu o posicionamento do sindicato em questões importantes da comunidade acadêmica.

Um dos itens da pauta a ser debatido era a proposta de reordenamento dos departamentos da Uneb por áreas e grandes áreas científicas, por meio do processo nº 0603140097345. Para a diretoria da ADUNEB, o assunto é de extrema relevância, visto que a universidade possui aproximadamente 115 cursos presenciais de graduação (regulares), distribuídos em 29 departamentos, nos 24 campi.
 
Segundo o sindicato, é necessária ampla discussão na comunidade acadêmica sobre os critérios a serem utilizados em um possível reordenamento. Para além disso, a ADUNEB entende que o Consu é uma representação imposta pela Lei 7176/97, que fere a autonomia da universidade, não reflete a democracia e a isonomia universitária. O sindicato, representante da categoria docente da Uneb, entende que a estatuinte é o caminho viável para se discutir tal questão. A estatuinte é a discussão e reconstrução do estatuto da universidade elaborado de maneira democrática. Os professores relembram ainda que as universidades estaduais Uefs e Uesb estão com seus processos de estatuinte em curso. Por que não realizar tal procedimento também na Uneb?
 
Outro item polêmico da pauta foi a reabertura das discussões sobre a implantação de uma Unidade de Policia Pacificadora (UPP) no terreno da Uneb. O sindicato reforçou sua posição e defendeu a não instalação do posto militar na área da universidade. Os professores ressaltam ainda que em reunião realizada em 05 de fevereiro, entre o reitor, José Bites, e a ADUNEB, o gestor afirmou ser contrário à UPP: “Nossa posição é que somos contrários à instalação. Vamos fazer de tudo para barrar isso. Depois, discutiremos o que fazer com aquele espaço físico”, disse Bites durante a reunião de fevereiro.
 
Outras bandeiras de luta também foram lembradas pela ADUNEB, entre elas, o aumento do orçamento das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) para, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos e a crítica à mercantilização da educação na Uneb, com a implantação de cursos pagos de pós-graduação.
 
O Consu é o órgão deliberativo máximo da universidade. Devido a uma atitude arbitrária e antidemocrática da reitoria da Uneb e do governo estadual, desde 1997, o sindicato é o único segmento da comunidade acadêmica que não tem direito a cadeira e voto no Consu. Para que a entidade, que representa os professores na universidade, possa se manifestar no Conselho Universitário é necessária prévia solicitação e aprovação do presidente em exercício do órgão. Um vergonhoso problema, que impacta a democracia da gestão universitária. Mais uma questão que poderá ser resolvida com a revogação da Lei 7176/97.