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Uneb protesta contra déficit orçamentário



 A Uneb e as demais Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) paralisaram as atividades acadêmicas, com portões fechados, nesta quarta-feira, 07.11. Os professores, vestidos com a camisa da campanha, realizaram panfletagem no campus de Salvador para denunciar o déficit orçamentário das Ueba; a reivindicação de, no mínimo, 7% de Receita Líquida de Impostos (RLI); contra o Decreto 14.710, que causa forte impacto financeiro nas universidades; e contra a previsão de corte orçamentário de R$ 12 milhões, previsto para 2014. A paralisação foi deliberada em Assembleia Geral e cada campus ficou responsável de organizar sua própria atividade de mobilização. 

Professoras durante panfletagem na portaria do campus I
 
A ação teve boa cobertura da imprensa, que deu visibilidade para que os professores pudessem denunciar à sociedade o atual quadro caótico das Ueba e a falta de comprometimento do governo Jaques Wagner com a Educação Pública Superior da Bahia.  
 
Mobilização chamou a atenção da imprensa
 
A paralisação foi uma indicação do Fórum das 12, composto por representantes de professores, estudantes e técnico-administrativos das Ueba. A demanda de 7% da RLI, reivindicada por toda a comunidade academia, desde 2010, é necessária para suprir as demandas de ensino, pesquisa, extensão, elaboração do plano de cargos e salários dos técnico-administrativos e ampliação dos programas de permanência estudantil, entre outros pontos. Neste ano, o repasse do estado foi de apenas 4,87% da RLI. Para o próximo período, a previsão orçamentária quase não terá alteração, ficando na ordem de 4,92%. Para agravar a crise, em 2014, a expectativa é de um corte de aproximadamente R$ 12 milhões em investimento e custeio. Só na Uneb a redução será de R$ 2,88 milhões.
 
Ainda neste mês de novembro, professores, reitores e governo farão reunião para discutir o estrangulamento orçamentário das Ueba. A primeira reunião, realizada em 29.10, o governo, de maneira autoritária e intransigente, fez com que a reunião não avançasse (leia mais), o que evidencia uma política em que a educação é vista por meio de uma ótica mercadológica, onde as demandas do ensino são analisadas como gasto e não como investimento.