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Quadro de vagas docente – ADs exigem resposta após discussão com SEC não avançar



 De mãos vazias e sem respostas. Foi com esse desrespeito que a Coordenadoria para o Desenvolvimento do Ensino Superior (CODES), órgão que pertence à Secretaria Estadual da Educação (SEC), recebeu os docentes do Fórum das ADs para uma reunião sobre a ampliação do quadro de vagas das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). A atividade aconteceu quarta-feira, 30.01. Além da ADUNEB, representada pelos diretores executivos Sinoélia Pessoa e Euclides Bittencourt, estiveram presentes os professores das outras Associações Docentes (ADs), do ANDES-SN, o coordenador da CODES – Nildon Pitombo, e os reitores José Carlos Barreto, Paulo Roberto Pinto e Adélia Maria Carvalho, respectivamente da Uefs, Uesb e Uesc.

Nildom Pitombo, da CODES, já havia se comprometido com o Movimento Docente (MD) em apresentar na reunião uma proposta referente à ampliação do quadro de vagas docente das Ueba (leia mais). Mas, evidenciando o desrespeito com a educação que é peculiar ao governo Wagner, Pitombo sentou com mãos e discurso vazios para conversar com os professores. A informação do representante do governo é que repassaria à SEC e Secretaria de Administração (SEAB) os documentos enviados pelas ADs que comprovam a defasagem de vagas e uma nota técnica solicitando situação emergencial para o ano de 2013.
 
De maneira veemente as ADs e o Fórum dos Reitores repudiaram a atitude morosa do governo Wagner. Cansados de acompanhar o descaso do governador e seus asseclas, os representantes das Ueba marcaram uma data e exigiram de Nildon Pitombo uma resposta no dia 19 de fevereiro. Outra reivindicação dos professores é que a proposta não seja apenas emergencial para 2013, como sinalizou o executivo. São necessárias soluções definitivas ao problema, que permitam às Universidades Estaduais um planejamento estratégico em longo prazo.
 
A ampliação do quadro de vagas é fundamental para o bom funcionamento das Ueba. A cada ano são criados novos cursos de graduação, pós-graduação e aumentam as atividades de pesquisa e extensão, o que exige demanda por mais professores.  Somente na Uneb, para que se possa solucionar o déficit e planejar a questão em longo prazo são necessárias 1.287 novas vagas docentes.  
 
Segundo os diretores da ADUNEB, desde o início do governo Wagner, há mais de seis anos, nenhuma melhora efetiva foi realizada em prol das Universidades Estaduais da Bahia. Quanto mais os professores reivindicam melhorias na qualidade da educação e na carreira docente, maior é o processo de precarização imposto pelo executivo. A política do governo não amplia e nem avança nas discussões. Mudam os interlocutores que os representam, mas o cenário é sempre o mesmo: sucateamento avançando a passos largos, defasagem no quadro de vagas, estrangulamento orçamentário e a universidade pública considerada como gasto ao invés de investimento.