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ADs e governo iniciam mesa de negociação



Aconteceu dia 08 de janeiro uma reunião entre os professores das quatro Associações Docentes (ADs) das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), ANDES-SN e representantes do governo estadual. Na pauta estavam a discussão sobre o restante da incorporação da gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) e o reajuste salarial de 28%, exigido pelos professores para minimizar as perdas salariais da categoria nos últimos 20 anos (leia aqui). Representando a ADUNEB estavam as professoras Zózina Almeida, coordenadora do Fórum das ADs, Sinoélia Pessoa, diretora executiva, e Daniela Santos, diretora estadual. 

Na reunião, apesar dos estudos remuneratórios de carreira realizados durante os encontros técnicos no final do ano passado, o governo ainda não apresentou uma contraproposta salarial. O executivo apenas expôs planilhas que demonstram dados fictícios de reajuste e o impacto que isso poderá causar ao orçamento do Estado. De concreto apenas a informação de que o índice de reposição inflacionária para todo o funcionalismo estadual será de 5,7%.
 
Segundo Nildon Pitombo, da Coordenação para Desenvolvimento do Ensino Superior (CODES), e Adriano Tambone, Superintendente de Recursos Humanos da SAEB, os cálculos apresentados foram apenas estimativos, pois o cenário econômico baseado nas perspectivas de arrecadação do Estado ainda está indefinido. Os professores, indignados com esse posicionamento, responderam com firmeza avaliando que tal postura significa incompetência administrativa ou falta de vontade política do governo Wagner. Ressaltaram a incoerência entre a postura assumida pelo governo na mesa de negociação e a propaganda de crescimento orçamentário divulgado pela mídia. 
 
Com efeito, circulam pela imprensa notícias promissoras para o Estado da Bahia, inclusive o Diário Oficial do Estado (DOE), em 3 de janeiro, publicou matéria de capa em que exibe um orçamento de R$ 35,1 bilhões para 2013, já aprovado pela Assembleia Legislativa. Segundo o texto “O crescimento da economia permitiu uma expansão de 98% no volume de investimentos estaduais previstos, que saltou de R$ 2,15 bilhões, em 2012, para R$ 4,28 bilhões, este ano”. Um “recorde histórico”, segundo o DOE.
 
A avaliação dos docentes destacou ainda, que as planilhas apresentadas pelo executivo durante a reunião mostravam apenas suposições, sem base sólida de dados, além de não deixarem explícita qual a disposição de negociação da pauta da categoria por parte do governo, uma vez que os cálculos apresentados pelos seus representantes levavam em conta tão somente o impacto que suas vagas suposições causariam no orçamento estadual. Diante da indefinição do executivo quanto à pauta de reivindicações, o MD exigiu que na próxima reunião, dia 19 de fevereiro, seja apresentada uma contraproposta concreta, já elaborada a partir de números reais e da pauta da categoria. 
 
Veja abaixo as tabelas apresentadas pelo governo ao Movimento Docente.
 
 
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