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Egípcios vão às ruas em marcha de 1 milhão contra governo Mubarak

A população egípcia se concentrou na capital do país, Cairo, nesta terça-feira, 1° de fevereiro, para o grande protesto que reuniu 1 milhão de pessoas. Esta manifestação foi vista pela população como decisiva para pressionar e, com isso, derrubar o regime ditatorial de Hosni Mubarak, há 30 anos no poder.

Pessoas acamparam na praça Tahrir (praça Libertação), epicentro das mobilizações que já duram oito dias.

O governo Egípcio liderado por Mubarak, aliado dos Estados Unidos e do Estado Sionista de Israel, está recorrendo à repressão e já são cerca de 140 mortos.

Além disso, a cidade está paralisada, pois foi convocada uma greve geral, nesta segunda-feira, 31.

No terceiro dia de manifestação os egípcios conseguiram nas ruas a dissolução do regime ditatorial e, mesmo após o governo anunciar novos ministros para os cargos, os protestos continuam.

Este processo revolucionário em curso no mundo árabe, que se desencadeia agora no Egito, teve seu inicio na Tunísia, derrubando o governo de Zine El Abidine Ben Ali, cujos bens foram confiscados, além das revoltas ocorridas na Argélia.

Esta luta é de todos - Há um pedido de solidariedade internacional por parte de todas as representações diplomáticas do Egito, para que também aqui no Brasil ocorram atos de protesto em solidariedade aos manifestantes.

No Rio de Janeiro houve um ato, nesta terça-feira, em solidariedade ao povo egípcio que contou com a presença de representantes da CSP-Conlutas, Intersindical CUT e partidos políticos, entre os quais, PSTU Psol e PCB e  PCB. A manifestação contou com a presença do Comitê em Defesa da Palestina entre outras organizações.

O ato foi representativo e começou por volta das13h em frente ao consulado do Egito no Rio de Janeiro. Não foi possível protocolar a carta de solidariedade ao povo egípcio, pois o consulado estava fechado. Mesmo assim, o ato foi consumado em frente ao local  e exigiu o fim da repressão ao povo daquele país.

Em São Paulo também foi chamado um ato que correrá  nesta sexta-feira (4), às 16h30,  na rua  25 de Março esquina com a Carlos Souza Nazaré.

(Com informações de Fabio Bosco e Folha.com)