Aduneb-Mail

ADUNEB-Mail 2017 – Edição 727 (01/12/17)

Nota da ADUNEB- Paralisação de terça-feira (05) mantida! 

 
Mesmo diante da desistência de parte das direções das centrais sindicais, inúmeros sindicatos, movimentos sociais e populares reforçaram a necessidade de continuar a construção da próxima terça-feira (05), como um dia nacional de paralisações e mobilizações
 

A diretoria da ADUNEB, em concordância com as orientações do ANDES-SN (leia aqui) e da CSP-Conlutas (leia aqui), vem a público informar que foi mantida a paralisação das atividades acadêmicas da Uneb, com portões fechados, nesta próxima terça-feira (05). O protesto foi aprovado em assembleia geral da ADUNEB (lei aqui), nesta quinta-feira (30). 

A ADUNEB informa ainda que repudia a ação das centrais sindicais CUT, Força Sindical, CSB, UGT e NCST, que por decisão de diretorias, sem consultas às bases, decidiram cancelar a Greve Nacional. Mesmo diante da desistência das direções dessas centrais, inúmeros sindicatos e movimentos sociais e populares reforçaram a necessidade de continuar a construção da próxima terça-feira (05), como um dia nacional de paralisações e mobilizações. Entre essas organizações que manterão os protestos estão a CSP-Conlutas, o ANDES-SN, e as Frentes Povo Sem Medo (leia aqui) e Brasil Popular (leia aqui). Diante do exposto, a ADUNEB soma esforços com o campo combativo da esquerda e reafirma sua missão em defesa da classe trabalhadora. A diretoria do sindicato reforça o chamado a toda a comunidade acadêmica da Uneb, para participar das manifestações em defesa da aposentadoria e contra as retiradas de direitos trabalhistas e sociais.  

Assim que for definida a agenda de manifestações estaduais do dia 05, a ADUNEB fará ampla divulgação.


 
Leia abaixo a íntegra da nota do ANDES-SN.


NOTA DE REPÚDIO AO CANCELAMENTO DA GREVE NACIONAL DO DIA 5 DE DEZEMBRO DE 2017

A direção nacional do ANDES-SN vem a público manifestar seu repúdio à decisão tomada hoje pelas centrais sindicais CUT, CSB, CTB, Força Sindical, UGT e NCST de cancelar a greve nacional marcada para o dia 5 de dezembro.

Cumpre esclarecer que o ANDES-SN já havia discordado da convocação de GREVE NACIONAL, pois defendemos GREVE GERAL, conforme deliberações de nossas instâncias. Na mesma direção, nossa central sindical, a CSP-Conlutas, se manteve firme na posição de convocação da GREVE GERAL, por entender a necessidade de ampliar a mobilização e enfrentar de maneira consequente os retrocessos impostos pela burguesia e seu governo ilegítimo.

Imediatamente à deliberação da GREVE NACIONAL, o ANDES-SN iniciou a mobilização a partir de nossas seções sindicais e secretarias regionais na construção da mais ampla unidade para um novo grande dia de luta, marcado com greves, paralisações, mobilizações e atos públicos.

Hoje fomos surpreendidos por uma nota divulgada via redes sociais sobre a decisão autocrática da burocracia dirigente de seis centrais sindicais, de suspensão da GREVE NACIONAL no dia 5/12 sob a justificativa covarde de que “a Reforma da Previdência não será votada na próxima semana”. A decisão foi tomada sem sequer convocarem todas as centrais sindicais num grave ataque a unidade e à democracia do movimento.

O fato e sua justificativa levantam suspeitas. Perguntamos: como estas centrais sabem e têm certeza sobre a posição do governo? Estariam construindo um acordo com o governo ilegítimo às escondidas do(a)s trabalhadore(a)s? Não é esta uma postura espúria e de inequívoca traição de classe?

Para o ANDES-SN não há acordo possível quando se trata de retirada de direitos. Não aceitamos os ataques contra o(a)s trabalhadore(a)s e, em particular, contra o funcionalismo público e as instituições de ensino superior públicas. Não aceitamos cortes de verbas e a imposição de mais retrocessos nos direitos sociais. Basta de desrespeito para com o(a)s trabalhadore(a)s por parte dos governos e dessas centrais sindicais.

Repudiamos mais essa traição das centrais e convocamos nossa categoria a manter o dia 5 de dezembro como um dia nacional de luta com mobilização e paralisação, em articulação com nossa central sindical, a CSP-Conlutas, outras categorias e movimentos sociais, populares e estudantil, realizando atividades dentro das nossas universidades, institutos federais e CEFET e organizando atos nos estados em ampla unidade.

Brasília,  1 de dezembro de 2017

Diretoria do ANDES-Sindicato Nacional 


Professores protestam em defesa da categoria. Governo Rui Costa mente e tenta enfraquecer movimento


Paralisação com portões fechados contra Rui Costa e Temer

 Os professores das Universidades Estaduais Baianas (Ueba) demonstraram força e fecharam os portões, por 24 horas, nesta terça-feira (28), contra os ataques dos governos Rui Costa e Michel Temer. Durante os protestos, que aconteceram por todo o estado, os docentes denunciaram a crise das Ueba e a intransigência do governo estadual que, além de recusar negociação, vem à público tentar enganar a sociedade. Como resposta às manifestações, que tiveram ampla repercussão na imprensa, o Palácio de Ondina divulgou resposta caluniosa na tentativa de enfraquecer o Movimento Docente.

No campus I da Uneb, em Salvador, a partir das 8h da manhã, professores fizeram panfletagem, ofereceram café da manhã e dialogaram com a comunidade da região, que passava pelo local. Vários campi do interior também realizaram atividades de protesto. Outras Ueba também aderiram ao Dia Estadual de Paralisação. 

Entrevista com o coordenador geral da ADUNEB. Protesto teve ampla cobertura da imprensa

De acordo com o coordenador geral da ADUNEB, Milton Pinheiro, o descaso do governo estadual tem levado as Ueba a uma grave crise. Entre os problemas estão o desrespeito aos direitos trabalhistas dos docentes, garantidos em lei, e os déficits orçamentário da universidade e de salários. Apenas na Uneb, a Secretaria de Administração (Saeb) nega promoções e alterações de regime de trabalho, que são direitos trabalhistas, a 279 professores. No período de 2013 a 2016, as Ueba acumularam redução de R$ 213 milhões no orçamento de manutenção, investimento e custeio. O cálculo é uma projeção que leva em consideração os cortes orçamentários e os reajustes das inflações acumuladas nos períodos. Já os salários foram corroídos em quase 20%, pois há mais de dois anos não acontece o pagamento da reposição inflacionária. 
 
Calúnia
 
Em resposta aos protestos e na tentativa de enfraquecer o Movimento Docente, a Secretaria Estadual da Educação (SEC) divulgou nota caluniosa à imprensa. Inicialmente, para descaracterizar o protesto estadual contra o governo Rui Costa, declarou se tratar de uma mobilização apenas nacional contra as políticas do governo Temer. Depois tentou deslegitimar os sindicatos das quatro Ueba, representações máximas da categoria docente, informando que sobre o problema do orçamento “dialogam com as universidades”, ou seja, conversam com as reitorias. Nada relatam sobre as inúmeras solicitações de reuniões feitas pelo Movimento Docente.
 
Já sobre os direitos trabalhistas negados, a SEC novamente tentou enganar ao afirmar que “Cumpriu com as promoções e progressões acordadas com o movimento docente, na medida das possibilidades decorrentes da saída do limite prudencial”. Segundo Milton Pinheiro, que também é coordenador do Fórum das ADs, nenhum acordo desse teor foi realizado pelas representações dos professores. “Desde o início a categoria reivindica as implantações dos direitos trabalhistas a todos os docentes, que assim os merecem, e não apenas parcela desses. Reforço que na Uneb, atualmente, 173 professores têm suas promoções negadas, e outros 106 também estão com as alterações de regime de trabalho travadas pela Saeb”, disse Milton Pinheiro. Para o diretor da ADUNEB, tais afirmações falsas por parte do governo só servem para criar ainda mais indignação na categoria, que já aprovou o indicativo de greve e segue rumo à radicalização.


Panfletagem e diálogo com a comunidade em frente à Uneb de Salvador
Brasília
 
Neste mesmo dia 28 de novembro, professores representantes do ANDES-SN participaram, em conjunto com as demais categorias dos servidores públicos federais, da caravana à Brasília (DF), com manifestação na Esplanada dos Ministérios. O protesto foi definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), e teve, entre seus eixos, a luta contra a Medida Provisória 805/2017, contra a Reforma da Previdência e pelas revogações da Emenda Constitucional 95 – que congelou o orçamento da União para despesas primárias -, e da Lei das Terceirizações, além de outros ataques aos direitos dos trabalhadores e aos serviços públicos.


NOTA DE REPÚDIO À TRANSFOBIA OCORRIDA DA UNEB

A diretoria da ADUNEB se solidariza e apoia a nota pública, produzida por movimentos, coletivos e outras organizações políticas, contra o lamentável caso de transfobia, que aconteceu com uma estudante do Curso de Direito, do Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia. A ADUNEB saúda ainda todas e todos que em seu dia a dia lutam e fazem o enfrentamento contra a LGBTfobia e todas as outras formas de opressão.
Reacionários são passarão!
 
Diretoria Colegiada ADUNEB


NOTA DE REPÚDIO À TRANSFOBIA OCORRIDA NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

A realidade da população Trans, não só no Brasil, mas no mundo, é de luta. Como se não bastasse a corrida pelo reconhecimento na sociedade, diariamente são pessoas que se deparam com o constante perigo de violência e exclusão social. Dossiê que traça o raios-X das travestis, transexuais e transgêneros disponibilizado pela “Rede Trans” passa dados alarmantes. 

De acordo com os dados do IBGE 2013 e do relatório  "A Geografia do corpo das pessoas", a expectativa de vida desse grupo social não passa dos 35 anos, muito abaixo da média nacional. Outra revelação impactante é a quantidade de assassinatos de pessoas Trans no Brasil, só em 2016 foram 144 mortos.

Na contra mão desses dados, a luta diária pelos direitos sociais garante a este grupo a saída das margens da vulnerabilidade. Os direitos à saúde, à educação, à inserção no mercado de trabalho e etc, começam a ser assegurados. No entanto, este avanço não significa o fim da violência, muito menos da exclusão.

Mediante esta discussão, viemos por intermédio desta carta de repúdio, denunciar o caso de Transfobia que aconteceu dentro da Universidade do Estado da Bahia - UNEB com a estudante de Direito Li Borges, do Campus IV. Li Borges foi alvo de denúncia anônima feita através da Ouvidoria Geral do Estado da Bahia. Na denuncia, relatou-se que "a universidade é uma instituição pública que prega a diversidade e o respeito, mas o respeito não pode ser visto como baderna, depravação, afrontamento aos bons costumes (...) o Campus de Jacobina está se tornando um ambiente hostil e total falta de respeito às pessoas heterossexuais". Também no mesmo texto: “alguns até já disseram que se a universidade não tomar providências eles tomarão”. A denúncia foi fundada em preconceito e desrespeito à Li Borges simplesmente pela sua essência e, ainda, por habitar o ambiente universitário, além de conter expressa ameaça contra a vida da discente.

Um discurso desse teor, de ódio e desrespeito, deve ser repudiado e posto em discussão, uma vez que todos os dias lutamos por uma universidade plural, diversa e, sobretudo, humana. Devendo haver proteção para todo aquele que faz a Universidade acontecer.

Cumpre ressaltar que a UNEB foi pioneira na implementação do Nome Social e, portanto, condutas preconceituosas devem ser combatidas.

ASSINAM ESTA NOTA

Núcleo Helenira "Preta" Resende
Diretório Acadêmico Luís Alberto Dourado - Direito UNEB/Campus IV
Centro Acadêmico Dandara de Palmares - Pedagogia UNEB / Campus I
União dxs Estudantes da Bahia - UEB
Diretório Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental UNEB/Campus II - DAESA
Diretório Acadêmico de Arqueologia do Campus VIII- Os persistentes
Coletivo Kizomba
Núcleo Loreta Valadares
LIBERVALE - Coletivo LGBTQ+ / UNEB Campus V
Diretório Acadêmico de Administração/ UNEB Campus V 
CAHIS - UNEB V
Coletivo PLURAIS / Santo Antonio de Jesus - BA
DAASi - UNEB II
DABIO - UNEB II
Diretório Acadêmico de História - campus IV / Jacobina
CAL - Centro Acadêmico de Letras - Campus IV
Grêmio Acadêmico dos Estudantes Progressistas - GADESP IFBA/Jacobina
DAEL - Diretório Acadêmico de Letras UNEB/Campus II
DCE UNILAB - Campus Malês
UBM - Bahia
Coletivo ParaToxs
Diretório Central dos Estudantes UNEB
CADG- Coordenação Acadêmica dos Discentes de Geografia. Uneb/Campus IV
Diretório Acadêmico de Educação Física Carlos Marighuela UNEB/Campus IV
DALLI - Diretório Acadêmico de Letras Língua Inglesa UNEB/Campus IV
D.A. de Pedagogia Maria Bunita - UNEB/Campus XI
Diretório Acadêmico de História - DAHi UNEB/Campus II
APLB Sindicado - Jacobina
SINASEFE - IFBA
 

MOÇÃO DE REPÚDIO AO CERCEAMENTO DO PENSAMENTO CRÍTICO NA UFBA

A Diretoria da ADUNEB repudia veemente as ameaças de morte à professora da UFBA e os ataques direcionados ao NEIM (Núcleo de Estudos Interdisciplinar sobre a Mulher). Essas ações antidemocráticas tiveram como objetivos o cerceamento do livre debate de ideias e a tentativa de imposição de uma proposta conservadora, com moldes fascistas para a Universidade Pública. As Instituições de Ensino Superior são espaços educativos, que contribuem na formação e no respeito à diversidade.

O ocorrido na UFBA e os ataques sofridos por membros de grupos de pesquisas, alinhados à crítica e à luta contra as opressões e ao capital, representam a movimentação da implementação autoritária da Escola com Mordaça nas Universidades. Precisamos resistir e reagir em defesa da Educação Pública Superior. 
Todo o apoio à comunidade acadêmica da UFBA!

Toda a solidariedade ao NEIM!

#MachistasFacistasnãopassarão


Diretoria Colegiada ADUNEB
 
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